O presidente da Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA, Paul Atkins, nomeou James Moloney nesta quarta-feira para liderar a Divisão de Finanças Corporativas da agência, colocando um veterano pró-cripto no comando da unidade influente que analisa arquivamentos de IPOs e divulgações corporativas.
Moloney, sócio da Gibson, Dunn & Crutcher, atuou previamente na SEC de 1994 a 2000, onde se especializou em fusões, aquisições e relatórios financeiros.
Ele começará em seu novo cargo no próximo mês, sucedendo a diretora interina Cicely LaMothe, que retornará à sua posição anterior como diretora adjunta.
Diretrizes sobre cripto sob escrutínio
A divisão que Moloney liderará desempenha um papel central na revisão dos lucros das empresas, divulgações de remuneração de executivos e conformidade com normas contábeis.
Nos últimos meses, a unidade também assumiu um papel ampliado na definição da abordagem da SEC em relação aos ativos digitais, emitindo diretrizes que distinguem entre memecoins, stablecoins e valores mobiliários.
Essa posição coloca a agência no centro de um debate jurisdicional em andamento com a Commodity Futures Trading Commission (CFTC). Moloney afirmou que pretende buscar “regulamentações inteligentes, práticas e eficazes” que reduzam as obrigações de divulgação, ao mesmo tempo em que asseguram que os investidores recebam informações precisas.
Sua nomeação ocorre no momento em que o Congresso avalia a Clarity Act, legislação que poderia transferir a supervisão primária de cripto para a CFTC, mantendo a exigência de elaboração de regras em conjunto com a SEC.
Retorno de veterano em tempo crucial
Atkins elogiou o retorno de Moloney à SEC, citando sua experiência prévia dentro da agência e na prática privada.
Ele declarou:
“Estou ansioso para trabalhar com Jim, Cicely e outros na Divisão de Finanças Corporativas para modernizar e aprimorar nossas regras atuais.”
A nomeação destaca o foco crescente da SEC na supervisão de cripto em um momento em que reguladores enfrentam pressão para esclarecer as regras que regem ativos digitais.
Com Moloney no cargo, espera-se que a Divisão de Finanças Corporativas da Comissão desempenhe um papel-chave na elaboração de requisitos de divulgação que podem moldar como as empresas que entram em mercados públicos relatam sua exposição a criptomoedas.
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