Coinbase introduziu negociação descentralizada para quase todos os seus clientes nos EUA, ampliando o acesso a um de seus produtos mais ambiciosos até hoje.
A Coinbase confirmou em 8 de outubro que seu serviço de exchange descentralizada (DEX) já está ativo dentro do aplicativo principal da Coinbase para usuários em todo o país, exceto aqueles com sede em Nova York, onde as regulamentações estaduais ainda restringem a oferta.
Através da nova interface, os traders podem trocar tokens no momento em que são lançados, proporcionando exposição antecipada a ativos emergentes muito antes de aparecerem as listagens centralizadas. O recurso é alimentado integralmente pela Base, a rede de camada-2 do Ethereum da Coinbase, e se expandirá gradualmente para suportar cadeias e regiões adicionais.
Por ora, o aplicativo permite que os usuários façam negociações de ativos emitidos pela Base de projetos como Virtuals AI Agents, Reserve Protocol DTFs, Soso Value Indices, Auki Labs e Super Champs. A Coinbase integrou rotas de liquidez da 1inch e 0x, permitindo trocas de tokens não custodiais sem que os usuários percam o controle de suas carteiras.
Os financiamentos podem vir diretamente de um saldo existente na Coinbase ou de USDC, enquanto a empresa absorve as taxas de gas em troca de uma cobrança de negociação “pequena e transparente”.
O lançamento segue um teste limitado de agosto com testers selecionados e sinaliza uma entrada em larga escala no trading on-chain para a base de varejo da exchange.
CEXs lançam DEXs
O lançamento do DEX também chega em meio a uma onda de esforços semelhantes de concorrentes.
Bybit lançou recentemente o Byreal, uma plataforma baseada em Solana criada para fundir a eficiência de uma exchange centralizada com a transparência do DeFi.
BitMart e MEXC seguiram o exemplo com seus próprios ambientes on-chain, cada um buscando manter os usuários dentro de seus ambientes de negociação, à medida que a liquidez se fragmenta entre redes.
Os movimentos dessas empresas não são surpreendentes, levando em conta dados do setor que mostram que traders de criptomoedas recorrem cada vez mais às plataformas DEX para suas negociações.
Dados da CoinGecko mostraram que as exchanges descentralizadas respondem por cerca de 28,5% da atividade spot observada em plataformas centralizadas. Somente no segundo trimestre de 2025, os volumes DEX aumentaram mais de 25%, enquanto as plataformas centralizadas viram as negociações caírem quase 30%.
Essa divergência empurrou a razão de volumes DEX para CEX para 0,23, acima de 0,13 no trimestre anterior.
Diante disso, Youngsun Shin, chefe de produto da Flipster, observou:
“A convergência CeDeFi acontecerá mais cedo do que pensamos.”
Neste ambiente de mercado, traders de cripto vêm demonstrando uma preferência crescente por plataformas que oferecem transparência e autocustódia de seus ativos. Ao integrar um DEX diretamente em seus apps, as CEXs visam fechar essa lacuna ao oferecer o controle do DeFi com a confiabilidade e a velocidade que os usuários esperam de sua exchange.
A postagem Coinbase traz negociação DEX para usuários dos EUA, enquanto CEXs vão para o DeFi apareceu pela primeira vez no CryptoSlate.
