A Tether, emissora da stablecoin USDT, a maior do mundo, tem avaliado investir na mineração de ouro, segundo relatório do Financial Times publicado na sexta-feira.
A empresa realizou conversas com grupos de mineração sobre investir na cadeia de suprimento de ouro, incluindo refino, comércio e royalties, de acordo com o relatório, que citou pessoas familiarizadas com as negociações.
O CEO da Tether, Paolo Ardoino, descreveu o metal precioso como “bitcoin por natureza” em um discurso na conferência Bitcoin 2025 em maio.
Um executivo da indústria de commodities classificou a Tether como a “empresa mais estranha com a qual já lidei”, de acordo com o relatório.
A Tether já possui US$ 8,7 bilhões em barras de ouro em um cofre em Zurique, de acordo com seus demonstrativos financeiros, e, em junho deste ano, pagou US$ 89,2 milhões por uma participação minoritária na Elemental Altus (ELE), uma empresa de investimento em metais preciosos de capital aberto.
A empresa também oferece Tether Gold (XAUT), uma stablecoin na qual cada token é equivalente ao valor de uma onça troy de ouro físico.
O ouro atingiu uma máxima histórica de mais de US$ 3.550 por onça nesta semana, tendo quase dobrado o preço nos últimos dois anos. Dada a sua reputação de refúgio em meio a tensões geopolíticas, o ouro continua sendo um investimento natural para investidores nativos de cripto, muitos dos quais compram bitcoin e outros ativos digitais por razões semelhantes.
A Tether não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da CoinDesk.