A plataforma de metaverso The Sandbox está passando por uma reestruturação profunda que prevê demitir mais da metade de seus cerca de 250 funcionários, de acordo com um relatório do veículo francês de criptomoedas The Big Whale.
A medida vem acompanhada por uma reformulação de liderança na qual os cofundadores Arthur Madrid e Sebastien Borget foram afastados de funções executivas. Suas responsabilidades estão agora sob a supervisão de Yat Siu, CEO da Animoca Brands, acionista controlador da The Sandbox.
A reestruturação, segundo relatos, inclui o fechamento de escritórios na Argentina, Uruguai, Coreia do Sul, Tailândia e Turquia, com a sede na Lyon também prevista para fechar.
As medidas destacam a dificuldade da plataforma em traduzir anos de investimento em engajamento contínuo de usuários. Apesar de ter levantado US$ 300 milhões nos últimos oito anos, The Sandbox viu seus usuários diários ativos diminuírem para apenas algumas centenas, muitos dos quais, segundo fontes, são bots operando principalmente na América do Sul.
O token nativo da plataforma, SAND, também tem apresentado fraca performance, apesar do mercado de criptomoedas ter entrado em uma “temporada de altcoins” nos últimos meses. Ele possuía uma capitalização de mercado de US$ 6,2 bilhões em 2021, cifra que caiu para cerca de US$ 700 milhões após uma queda de 90%.
Um dos principais obstáculos na reestruturação é o que acontecerá com o tesouro de criptomoedas da The Sandbox, estimado entre US$ 100 milhões e US$ 300 milhões. Grande parte do tesouro provém de vendas de “terras virtuais” no auge do metaverso em 2021.
Pode ir para uma votação de governança, embora valha notar que houve apenas 291 votos de detentores de SAND em três propostas apresentadas em agosto.
A The Sandbox não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da CoinDesk.
