A queda do Bitcoin abaixo de US$ 110.000 expôs a fragilidade da estrutura do mercado, com liquidez estreita, posicionamento alavancado e saídas significativas de ETFs que amplificam o recuo, segundo Leo Zhao, Diretor de Investimentos da MEXC Ventures.
Principais pontos:
- A queda do Bitcoin abaixo de US$ 110.000 foi alimentada pela liquidez fraca, liquidações e venda de baleias.
- ETFs registraram saídas superiores a US$ 1 bilhão, enquanto a rotação de investidores para Ethereum se intensificou, aumentando a pressão sobre o BTC.
- O analista alerta que o BTC está em um “ponto crítico de inflexão” próximo de US$ 100.000–US$ 120.000.
Após, momentaneamente, ter ultrapassado US$ 117.000, após os comentários dovish do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em Jackson Hole, o impulso não se manteve.
Zhao disse que a queda refletiu “uma combinação de liquidez reduzida, reposicionamento de ETFs e realização de lucros intensa por detentores antigos de BTC.”
US$ 900 milhões em Posições Alavancadas de Criptos Foram Liquidado Durante a Venda do Bitcoin
Mais de US$ 900 milhões em posições alavancadas foram liquidado, mostrando o quanto a exposição estava esticada antes da pressão de venda se intensificar.
Um dos principais gatilhos foi o movimento de 24.000 BTC adormecidos para as exchanges, o que Zhao descreveu como “cascadando por meio de um livro de ordens já frágil” e ajudando a provocar uma queda rápida no fim de semana.
Uma baleia adormecida acordou depois de 5 anos e vendeu 24.000 BTC por ETH.
Essa única movimentação derrubou o Bitcoin para US$ 112.000 e apagou US$ 45 bilhões em valor de mercado.
A entidade ainda detém 152.874 BTC em carteiras com fundos que remontam a 6 anos.
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— Coin Bureau (@coinbureau) August 25, 2025
Uma tentativa de recuperação no início desta semana ficou estagnada em US$ 113.000, sinalizando que os ursos procuram consolidar o controle.
Os ETFs de Bitcoin, que recentemente ofereceram suporte aos preços, registraram saídas de mais de US$ 1 bilhão na semana passada — as maiores desde março. A reversão desses fluxos está removendo um fator estabilizador crucial.
Ao mesmo tempo, a rotação de investidores para Ethereum acelerou. Produtos vinculados ao ETH atraíram entradas de bilhões de dólares em agosto, à medida que o token superou o Bitcoin, deixando o BTC temporariamente atrasado no ciclo de capitais.
Dados on-chain também mostraram lucros realizados recuando para o ponto de equilíbrio, reforçando a queda na convicção do mercado.
Recuos de curto prazo, até agora, não têm sido sustentáveis, com traders concentrando-se em proteção de downside e estratégias de hedge.
Apesar do fraco sentimento de varejo, Zhao afirmou que compradores institucionais e soberanos permanecem ativos. Esses players vêm ampliando posições durante a queda, estendendo a exposição, enquanto a demanda de varejo amaina.
O Bitcoin encontra-se agora em um “ponto crítico de inflexão”, com dois caminhos de curto prazo: consolidação na faixa de US$ 110.000–US$ 120.000 ou um recuo para testar o suporte psicológico em US$ 105.000–US$ 100.000.
“A ausência de um novo catalisador macro… provavelmente levará o BTC a um período de consolidação de mercado enquanto o mercado digere a distribuição recente,” disse ele.
Perspectiva de longo prazo ainda intacta
Embora o quadro de curto prazo pareça instável, Zhao ressaltou que a base de longo prazo do Bitcoin continua íntegra. A acumulação institucional continua superando a emissão, criando um aperto estrutural de oferta.
Ele concluiu que, assim que os ventos macro amenizarem, o Bitcoin manterá a base “para outra tentativa de recordes de US$ 130.000 até o fim do ano”.
Bitcoin pode estar no caminho para uma grande alta neste ano, segundo Leah Wald, CEO da SOL Strategies.
Na semana passada, Wald disse que vê a maior criptomoeda do mundo potencialmente chegando a cerca de US$ 175.000 até o fim do ano, um alvo que descreveu como conservador em comparação com as projeções de outros grandes investidores e gestores de fundos.
A longo prazo, Wald apontou estimativas ambiciosas sugerindo que o Bitcoin poderia alcançar US$ 1 milhão até 2030, destacando a crescente convicção entre investidores institucionais.
No entanto, o CEO da Galaxy Digital, Mike Novogratz, contestou previsões de que o Bitcoin poderia atingir US$ 1 milhão no curto prazo, alertando que tal movimento provavelmente refletiria um colapso da economia dos EUA, em vez de um sucesso no setor cripto.
O post Dormant Whale Sell-Off and ETF Outflows Weigh on Bitcoin, Analyst Warns apareceu originalmente no Cryptonews.
